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Conforme a última pesquisa Ibope encomendada pela TV Mirante, divulgada no dia 20 de setembro, Flávio Dino lidera amplamente a disputa pelo Governo do Maranhão.
Para aqueles que imaginavam que o poder iria perdurar para sempre no seio da família Sarney, no Maranhão - liderada pelo patriarca, o senador José Sarney -. O cenário atual mostra exatamente o contrário: o clã maranhense que por várias décadas mandou e desmandou no estado será desbancado no pleito eleitoral do próximo dia 05, enfim, levando com ele milhares de seguidores de uma política arcaica e ultrapassada.
Conforme pesquisa do Ibope, para governador Flávio Dino está em primeiro com 48% das intenções de voto, Lobão Filho vem na sequência com 27%, enquanto Pedrosa (PSOL), Professor Josivaldo (PCB), Saulo Arcangeli (PSTU) e Zeluis Lago (PPL) somaram, juntos, 1%. Os votos em branco ou nulo somaram 8% e os que ainda não sabem em quem votar ou não responderam 16%.
Desta feita surge uma nova corrente com características oposicionista e determinada a promover as mudanças, que desde a Balaiada ( movimento importante da história do Maranhão), continuavam comprometidas pelos ditames do poder.
José Sarney e sua filha, a atual governadora maranhense Roseana Sarney, que já anunciou o afastamento da vida pública. Afinal, foram mais de 60 anos manobrando a direção de um Estado ainda considerado um dos mais pobres do Pais, onde a miséria campeia sem dó. Com IDH de 0,639, o Maranhão só não perde para Alagoas entre as unidades da Federação.
O Maranhão apresenta também indicadores ruins em áreas como educação, saúde, emprego e renda. Em termos de PIB per capita, saiu da última para penúltima posição entre as unidades da Federação. O Estado aparece também entre os últimos em taxa de analfabetismo e expectativa de vida.
Mas as forças da oligarquia Sarney foi diminuindo pouco -a –pouco, tal qual a caduquice do “macumbeiro” Bita de Barão, “padrinho” do velho cacique da politica maranhense e seu consolador nos momentos difíceis. De Codó, o pai de santo codoense parece ultrapassado com suas crendices, já não apita mais e nem opina, chegou o tempo de apenas apreciar as águas turvas do Rio Itapecuru que passa próximo aos seus Castelos de sonhos.
José Sarney fez do Maranhão uma grande fazenda, um verdadeiro império aos moldes do coronelismo, cujos parceiros lidavam com seus subalternos com se fossem propriedade próprias, no cabresto. Sarney monopolizou em seu favor o próprio estado, é apontado como um dos responsáveis pelos inúmeros indicadores sociais desfavoráveis do Maranhão.
Porém, outros tempos estão chegando às perspectivas de um povo lutador, guerreiro, que em sua pureza de espírito se deixou levar anos a fio sem saber na certeza qual seria o seu futuro. Até que o momento tão esperado chegou na voz da materialização de ideais para a vez dos idealizadores. Que assim seja para o bem de todos.
Artigo escrito por Alberto Pessoa, jornalista maranhense. Atualmente reside em Brasília e escreve, entre outros, para o Jornal Diário da Manhã - Goiânia. É membro da Academia Águaslindense de Letras. Membro da Fenaje- Federação Nacional dos Jornalistas e Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Brasília.
