quinta-feira, 25 de setembro de 2014

CPMI só receberá delação premiada após homologada pela Justiça
Edson Lobão com a governadora Roseana e Paulo Roberto
O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), disse que os documentos da delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, só poderão ser enviados à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) depois da homologação do processo pela Justiça.

“Não se pode ter apenas a palavra do delator, há de se ter provas concretas que comprovem o envolvimento de personagens. Do contrário, pode-se produzir injustiças”, afirmou.

Integrantes da CPMI da Petrobras se reuniram na terça-feira, 23,  com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Os parlamentares foram ao Supremo para pedir acesso imediato aos documentos da delação premiada de Paulo Roberto Costa. Preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Costa teria acusado autoridades, entre parlamentares, ministros e governadores, de participação em desvio de dinheiro da Petrobras. Nas acusações ele citou os nomes do ministro de Minas e Energia, Edson Lobão e o da governador Roseana Sarney.

Segundo Mendonça Filho, o ministro Teori Zavascki, relator do processo relacionado à Lava Jato no Supremo, expôs aos parlamentares as dificuldades e os elementos que precisam ser seguidos para obedecer a legislação da delação premiada. “A delação não é uma comprovação de culpa, tem de se obter provas para definir alguém com indício de culpa”, afirmou.