quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

O dia em que o prefeito de Coelho Neto teve medo...

Manifestação dos servidores publicos de Coelho Neto contra o calote do prefeito Soliney Silva (foto Samuel Bastos)
Ulisses Guimarães certa vez disse que a única coisa que bota medo em político é o povo na rua. Se levarmos em consideração suas sábias palavras, o dia 27 de dezembro de 2016 em Coelho Neto, ficará marcado na história como o dia em que o povo impôs medo ao ainda prefeito Soliney Silva (PMDB).
Encastelado na sua mansão em Teresina-PI, o peemedebista fez “ouvido de mercador” e deu de ombros aos inúmeros reclames que população fez nesses últimos dias que antecedem a sua saída.
A cidade tomada pelo lixo, os postos de saúde com as portas abertas e sem funcionamento, um hospital sem condições de funcionar e o servidor público com o natal pobre por não haver recebido seus pagamentos, além de direitos como o restante do 13º salário e o 1/3 de férias.
O governo apático sequer se manifestava. É como se não devesse satisfação a ninguém. O descaso do prefeito subestimava a população que assistia de certa forma inerte ao desrespeito, até que decidiram reagir.
Para alguns pode ter parecido tarde, mas não foi, aliás nunca é tarde quando se busca direitos. Após o povo na rua, com panelas nas mãos e gritos de palavra de ordem, a coisa mudou e o prefeito decidiu reagir.
Primeiro mandou que aliados tentassem desmerecer o movimento dando a ele cunho político, talvez se lembrando das diversas vezes que se utilizou de momentos como esse para ganhar dividendos políticos. Depois determinou que um de seus secretários dissessem que uma parte dos pagamentos já estariam nas contas e que a outra parte seria liberado nesta quarta (28).
Soliney teve medo. Não esperava que o povo ainda tivesse coragem de reagir contra seus desmandos. Teve medo de que a ação envolvendo o final de sua gestão se tornasse manchete nos principais noticiários do Estado. Teve medo que a justiça bloqueasse os recursos e ele não tivesse mais acesso aos mais de R$ 3 milhões que abarrotam apenas os cofres da Educação.

Ousou abrir a boca e dizer que não renunciaria porque pretendia “entregar a cidade melhor do que recebeu”.
Antes tivesse renunciado…
fonte Blog do Samuel Bastos