terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Plenário da Assembleia Legislativa faz um minuto de silencio pela morte do poeta Ferreira Gullar 

Agencia Assembleia 

O plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, na sessão desta segunda-feira (05), fez um minuto de silêncio pelo falecimento do poeta, escritor e teatrólogo maranhense Ferreira Gullar, 86 anos, ocorrido no domingo (04), no Rio de Janeiro, por complicações pulmonares.
Vários deputados usaram a tribuna para lamentar a morte de Gullar e para se solidarizar com os seus familiares. “Lamentavelmente, o Brasil perdeu um grande poeta, o maranhense Ferreira Gullar. E eu gostaria de sugerir à Casa que dedicássemos um minuto de silêncio como forma de homenagear esse grande maranhense que, seguramente, vai brilhar lá no céu”, enfatizou Alexandre Almeida (PSD). “Gullar, de fato, era um expoente da Literatura, da poesia mundial, do Brasil e orgulho para todos nós maranhenses”, afirmou Othelino Neto (PCdoB).
Júnior Verde (PRB) fez uma homenagem a Ferreira Gullar recitando a poesia do grande pensador e poeta, intitulada ‘Traduzir-se’. “Hoje aqui nós fazemos uma justa homenagem a este grande maranhense que nos conduziu em cada palavra, em cada frase, em cada verso por um mundo de emoção e que hoje nos deixa a certeza de que o poeta revive em cada poesia”, disse Júnior Verde.
Em seguida, ele disse não ter dúvidas de que muitos que vão passar por esta terra vão se sensibilizar com os versos, com os poemas de Ferreira Gullar, “pois ele vai está vivo em cada obra que deixa à humanidade; transcendeu a condição dos limites Estado, rompendo as fronteiras do país e hoje é referência como um grande poeta pela linguagem que deixa de forma universal. Hoje, o Maranhão pode até estar triste porque perdeu um dos seus valores da literatura, mas nos enobrece a certeza e a convicção de que este grande artista, este grande poeta, vai se fazer presente no pragmatismo da sociedade, porque os seus versos e poesias são eternos, porque ele fez arte, e a arte não só em seu tempo, mas a arte que se configurou enquanto sensível na realização da razão e da sensibilidade do artista”.
“Hoje esta Casa fez uma justa homenagem ao poeta e escritor Ferreira Gullar ao fazer um minuto de silêncio”, disse Welington do Curso (PP), ressaltando trecho de uma poesia de Ferreira Gullar, onde ele fala da importância de se viver e dar valor à vida. Sei que a vida vale a pena, mesmo que o pão seja caro e a liberdade seja pequena”.
Bira do Pindaré (PSB), disse que era impossível não render homenagem ao poeta Ferreira Gullar. “Viva Ferreira Gullar, grande maranhense, poeta que vai ficar certamente marcado na história do Maranhão, para o seu tempo e para os tempos que virão. Portanto, é a forma singela de cada um de nós, nesta tarde, expressarmos o sentimento em relação à perda desse grande maranhense, que se foi”.
“Ao fizer uma homenagem a esse maranhense que encantou o mundo eu  vou dizer um pensamento de Ferreira Gullar  que combina muito comigo: não quero saber de sofrimento, quero é felicidade. Não gosto de fazer lamúrias. Uma vez discuti feio sobre determinada situação. Fiquei sozinho em casa cheio de razão e triste para cacete.Então, para que querer ter sempre razão? Não quero ter razão, quero é ser feliz”.
Max Barros (PRP), ao lamentar a morte de Ferreira Gullar, destacou as grandes obras do poeta maranhense, a exemplo do poema “Sujo”. “Eu queria lamentar o falecimento do maior poeta do Brasil na atualidade, que foi Ferreira Gullar, maranhense autor do poema Sujo. Todas as emissoras de TV, que falam do seu falecimento e da grande obra que tem na literatura brasileira, citam o fato dele ser maranhense. É isso que em alguns momentos se perdeu nos dias atuais, no nosso Maranhão e no nosso Brasil, ou seja, a importância que o nosso Estado teve na cultura brasileira, onde São Luís foi inclusive chamada de Atenas do Brasil”, desabafou o deputado.