domingo, 2 de setembro de 2018

Candidato do PSOL defende utopia socialista e realismo capitalismo no mesmo sistema 

Sabatina TV Guará

Odvio Neto em sabatina em O Estado quando defendeu as propostas do PSOL 
Se for eleito governador do Maranhão, o candidato do PSOL, Odívio Neto, vai implantar um sistema no qual as grandes decisões do Governo serão tomadas com base em “consultas a comitês” formados pelos mais diferentes segmentos da sociedade civil. Odívio Neto não explicou em detalhes como esses comitês serão formados, se serão organismos permanentes de consultas ou terão o poder de bater martelo. Pela sua informação, esses comitês se reunirão “em conferências”. Grosso modo, a impressão deixada pelas explicações do candidato do PSOL, é a de que os comitês serão uma versão mais arejada dos sovietes da Rússia leninista do pós 1917. Odívio Neto também fala em re-estatizar, para devolver o gigantismo do Estado, contrapondo-o ao modelo liberal que tem como objetivo central “enxugar” o Estado, tirando-lhe as atribuições de produção para deixá-lo com as atividades de controle e regulação. Numa outra concepção, esta mais próxima da realidade atual, Odívio Neto defende o que ele chama de “desmilitarização” a Polícia Militar, para criar no estado uma polícia civil com treinamento que a prepare também para as atividades de enfrentamento armado e repressão  –  “Como nos Estados Unidos”, disse com certo constrangimento de buscar como exemplo o modelo policial que vinga no berço maior da selvageria capitalista denunciada enfaticamente pelo candidato e seu partido. Ou seja, Odívio Neto mistura em doses gigantescas a utopia socialista com um realismo capitalista nu e cru, num pragmatismo surpreendente.

Repórter Tempo