sexta-feira, 19 de junho de 2015

Raimundo Cutrim analisa problemas na política de Segurança Publica 


O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) fez um relato, na sessão desta quinta-feira (18), da implementação de políticas contra a criminalidade no Maranhão, desde meados do ano de 1997, quando assumiu o comando da Secretaria de Estado da Segurança Pública.  Ao iniciar seu discurso, Cutrim lembrou que, em 1999, o Maranhão chegou a ser considerado o estado menos violento do Brasil.

Na avaliação de Cutrim, foram verificadas crescentes melhorias, nos anos subsequentes, mas houve um retrocesso a partir do ano de 2010, quando a então governadora Roseana Sarney resolveu nomear Aluísio Mendes para ocupar o cargo de secretário de Segurança do Estado.

Cutrim disse que chegou a advertir a então governadora Roseana, chamando a atenção dela para o fato de que Aluísio Mendes não teria competência para exercer o cargo: “O ex-secretário nunca foi, nunca deu um prego numa barra de sabão no tempo que trabalhou na Polícia Federal. Foi trabalhar com o Presidente Sarney. De Polícia ele só sabe história, porque ele é catedrático em mentira, é a pessoa mais mentirosa que possa existir no Brasil, e no Maranhão”, afirmou Cutrim, na tribuna.

Na análise do deputado, a nomeação de Aluísio Mendes foi desastrosa, e no ano de 2013 a cidade de São Luís já era considerada a sétima capital mais violenta do Brasil, e a 15ª do mundo.

“São Luís hoje é a quarta cidade mais violenta do Brasil e a décima do mundo. A ex-governadora preferiu morrer abraçada com o ex-secretário dela e, ainda de quebra, comprou o mandato de deputado federal como recompensa pela desgraça que ele causou ao estado do Maranhão”, acrescentou Cutrim.

Ele lamentou que o então secretário Aluísio Mendes, com o apoio de três delegados da Polícia Civil, tentou envolvê-lo como um dos supostos mandantes do assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido na Avenida Litorânea, no dia 23 de abril de 2012. Cutrim informou que ainda hoje luta pela reabertura da investigação do Caso Décio Sá, para esclarecer dúvidas sobre a morte do jornalista.

Depois de criticar a investigação feita em torno do Caso Décio Sá, Cutrim voltou a dizer que um dos maiores erros da então governadora Roseana foi ter colocado Aluísio Mendes no cargo de secretário de Segurança: “Ainda hoje nós estamos pagando caro por isso, porque segurança pública não se faz em 24 horas, não se faz milagre. O que ele deixou destruído não é fácil consertar.”

Cutrim leu na tribuna recente matéria publicada no Jornal Pequeno, com a seguinte manchete: “Aluísio Mendes diz que quer dar sua contribuição como parlamentar ao governo Flávio Dino”.

Na avaliação de Cutrim, a contribuição que Aluísio deu foi destruir o Sistema de Segurança Pública do Estado.

“Eu fico triste ao olhar uma matéria dessa no jornal. Contribuição! Ele quebrou o Sistema de Segurança Pública,  a segurança pública está  em uma fase difícil, no governo Flávio. Nós ainda não conseguimos estabilizar a violência, que continua crescendo, esta é a realidade. No Estado todo a situação é gravíssima,  mas nós temos nessa hora é dar as mãos e buscar uma solução, e fazer críticas construtivas, porque a Polícia - e hoje nós temos policiais civis,  excelentes profissionais, embora com um contingente pequeno,  bem como   policiais militares  estão aí diuturnamente  trabalhando”, assinalou Cutrim. 

Agencia Assembleia