sábado, 27 de dezembro de 2025

 Escândalo do INSS provoca queda de popularidade de Weverton Rocha e acende alerta no cenário político do Maranhão 

Até poucas semanas atrás, o senador Weverton Rocha (PDT) aparecia como um dos nomes mais consolidados do tabuleiro político maranhense. Líder em praticamente todas as pesquisas divulgadas e tratado como “imbatível” nos bastidores, o pedetista vivia um momento de estabilidade rara na política estadual.

Esse cenário, no entanto, começou a mudar de forma significativa após a deflagração da operação “SEM DESCONTO” da Polícia Federal que trouxe o parlamentar para o centro do noticiário nacional, ao associá-lo politicamente ao escândalo envolvendo fraudes no INSS.

Embora o senador negue irregularidades e ainda não haja condenação ou decisão judicial definitiva, o impacto político foi imediato. Pesquisas de consumo interno, realizadas por diferentes grupos e partidos, apontam uma oscilação acentuada em seus índices de popularidade, algo incomum até então. O desgaste de imagem, ainda que preliminar, rompeu a narrativa de favoritismo absoluto que acompanhava Weverton desde o início do ciclo pré-eleitoral.

No campo da opinião pública, a associação do nome do senador a um escândalo de grandes proporções — especialmente em um tema sensível como a Previdência Social, que afeta diretamente milhões de brasileiros — tem peso simbólico elevado. Mesmo sem julgamento concluído, a simples exposição negativa costuma ser suficiente para gerar desconfiança, sobretudo em um ambiente político marcado pela rejeição crescente a práticas de corrupção e mau uso de recursos públicos.

O sinal de alerta não se restringe ao núcleo do PDT. Informações de bastidores indicam que o Palácio dos Leões já monitora atentamente a movimentação do eleitorado e a repercussão do caso, avaliando cenários e possíveis reacomodações políticas. A queda de um nome antes considerado sólido reabre o jogo e pode alterar estratégias tanto do governo quanto da oposição.

Do ponto de vista analítico, o episódio revela uma lição recorrente na política brasileira: favoritismo antecipado não é garantia de vitória, e crises reputacionais, mesmo em fase inicial, têm potencial para desmontar projetos eleitorais rapidamente. Weverton Rocha ainda dispõe de capital político, tempo e estrutura para reagir, mas o desgaste imposto pelo escândalo do INSS quebra a aura de invencibilidade que o acompanhava.

A partir de agora, mais do que números de pesquisas, o senador terá de enfrentar o julgamento mais imediato e implacável: o da opinião pública. E, como a história política recente mostra, recuperar confiança costuma ser mais difícil do que perdê-la.