terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Esposa do deputado estadual Yglésio foi beneficiada com liminar para se matricular em curso de Medicina 

Parlamentar denunciou esquema de liminares para alunos no curso de Medicina da UEMA, entretanto, sua esposa também foi beneficiada com decisão da justiça em caso idêntico 

Yglésio Moyses denunciou alunos, mas sua esposa Juliana Britto também foi
beneficiada com decisão judicial para se matricular em curso de Medicina 
No dia 02 de setembro, o deputado estadual Yglesio Moyses (sem partido) subiu à Tribuna da Assembleia Legislativa para denunciar um esquema de decisões liminares no qual alunos que não passaram pelo tradicional processo seletivo da UEMA eram matriculados no Curso de Medicina [Campus Caxias], o parlamentar só esqueceu de dizer no seu pronunciamento que a sua esposa, Juliana Britto Freira Martins – também estudante de Medicina – foi beneficiada de modo idêntico ao que houve na Princesa do Sertão.
Isso mesmo, a denúncia que o parlamentar “verborreiou” com tanta propriedade na Tribuna da ALEMA (assista e relembre) ele mesmo conhecia dentro da sua própria casa.
Juliana Britto foi beneficiada por uma decisão do Desembargador Marcelo Carvalho Silva, do Tribunal de Justiça do Maranhão em setembro de 2016 após ingressar com o agravo de instrumento nº 0800190-18.2016.8.10.000, pedindo concessão de tutela urgente (liminar) para que a Universidade Ceuma aceitasse sua matricula no curso de Medicina.
– Indeferido em 1º grau
Antes de ser beneficiada com a liminar do Des. Marcelo Carvalho, o pedido da esposa de Yglesio Moyses tinha sido barrado pelo juiz Sidney Cardoso Ramos, da 1ª Vara Civil da Comarca da Ilha. O magistrado de primeiro grau não se sentiu convencido nas justificativas de Juliana e indeferiu o pedido em agosto de 2016.
No Processo n.º 0840370-73.2016.8.10.0001 contra o Uniceuma, a mulher do deputado pede que a instituição de ensino superior promova a sua transferência para continuar o curso de Medicina em São Luís, e sustenta que estudava na Faculdade Metropolitana da Amazônia, em Belém-PA.
Ainda de acordo com o processo indeferido em 1º grau, Juliana Britto Freira Martins argumenta que era casada com o Sr. R L C N, com quem teve um filho. Todavia, fatos catastróficos acometeram a sua vida. Diz ainda, que pouco tempo depois do nascimento do filho do casal, no ano de 2009, o seu companheiro, sofreu um grave acidente de carro, vindo a falecer instantaneamente. Em razão deste fato, entregou seu filho aos cuidados da sua mãe que enfrentava sérios problemas, uma vez que seu esposo se encontra em tratamento médico.
– Mesmo argumento: Depressão
Curiosamente, em seu processo na justiça, a esposa de Yglesio usou a justificativa “de depressão” [conforme laudo psiquiatra], o mesmo argumento usado pelos alunos do curso de medicina da Uema em Caxias, que acabaram sendo denunciados pelo seu esposo na Assembleia como integrantes de um “esquema de liminares”, por essa razão esses alunos perderam suas matriculas e seus cursos.
O mais intrigante em toda essa situação repleta de “coincidências” é um trecho da ação da Juliana Britto na qual ela justifica o pedido formulado à justiça, diz: “precisa residir na cidade de São Luís e dar continuidade aos seus estudos, uma vez que de suma importância para sua reabilitação total e estabilidade psíquica”.
Em uma ação de um aluno que fora transferido para Caxias por decisão judicial, que o Blog do DC teve acesso, os argumentos são idênticos.
– Falso moralista
Mais um vez o Blog do Domingos Costa prova o quanto o deputado estadual Yglesio Moyses que se “autointitula” paladino da honestidade e homem dos bons costumes, na verdade, não passa de um falso moralista, igual a uma ‘renca’ de políticos brasileiros.
Só isso, nada mais!!!
as informações são do Blog do Domingos Costa