terça-feira, 3 de março de 2020

Catulé garante que protestos contra a Equatorial Maranhão só vão parar quando a empresa respeitar Caxias 


O presidente da Câmara Municipal de Caxias, vereador Catulé (Republicanos), reagiu mais uma vez com indignação, no pequeno expediente da sessão dessa segunda-feira (2) a denúncias formuladas por seus colegas do parlamento em relação ao péssimo serviço que a empresa Equatorial Maranhão Energia continua prestando no município de Caxias, notadamente na zona rural. Mesmo reconhecendo que a Equatorial já vem fazendo algumas intervenções para corrigir deficiências na rede de energia elétrica, que estão ocorrendo em função de representações criminais protocoladas pela CMC contra a empresa no Ministério Público, o presidente anunciou que a Casa continuará a protestar e a bater forte contra a atuação da Equatorial em Caxias, até que o problema venha a ser contornado e a população caxiense seja respeitada em suas reivindicações.
Catulé ressaltou que a Câmara de Caxias adotou esse posicionamento há mais de 20 dias, por não suportar mais as dificuldades que a população do meio rural vivencia quase diariamente e se tem notícia de localidades que chegam a ficar de 10 a 20 dias sem luz. Segundo ele, por conta de uma pressão que tem sido apenas dos vereadores, a Equatorial esteve durante todo o período do carnaval no 2º Distrito. "Na Rodagem, em Nazaré do Bruno, por exemplo, havia dois eletricistas equipados com veículo, a postos. E foram para o 2º Distrito, para todos os cantos. E por que isto? Porque a Casa aqui entendeu que o povo precisa da nossa voz, do nosso apoio", explicou para a plateia que lotou o plenário da CMC.
O presidente da CMC disse que esse posicionamento dos vereadores, tanto os da situação quanto os de oposição, deu-se em resposta ao descaso com o qual a Equatorial respondeu às solicitações da bancada, especialmente quando do convite feito para que a alta diretoria da empresa aqui viesse para tratar das demandas do povo caxiense. "A presidência não veio e preferiu mandar para Caxias assessores de São Luís e da Gerência de Timon, sem o menor poder de decisão para apreciar o caso, e por isso não os recebemos e passamos a tratar-lhes como merecem", salientou, acrescentando que o desmerecimento da empresa em relação a Caxias chegou ao ponto de ter deixado na cidade apenas um escritório para cortar luz e agendar religações.
Deputados não ajudam
Segundo ele, em que pese Caxias ter elegido três deputados estaduais, nenhum deles fez até agora qualquer pronunciamento em favor da terra contra a Equatorial Maranhão Energia, na Assembleia Legislativa. "Todos os três deputados caxienses são meus amigos, mas nenhum dos três fez qualquer pronunciamento contra essa empresa que massacra o nosso povo. A responsabilidades deles é igual à nossa, mas eles tem a possibilidade maior, porque estão na capital, onde está estruturada a empresa Equatorial. E por isso nós não podíamos ficar aqui só no discurso, daí porque entramos com representação criminal contra ela no dia 17 do mês passado, e depois fizemos outra contra uma empresa de energia chamada Artecon Z2 que, para os que não sabem, comprou de um juiz, aqui no Inhamum, um juiz que grilou mil hectares de terras e vendeu sete hectares para essa empresa construir uma subestação de energia no Inhamum para vender para a Equatorial, e lá é área de proteção ambiental, é de lá que vem boa parte do abastecimento de água de nossa cidade, de onde todos bebemos", acrescentou.
Para o presidente Catulé, os deputados estaduais caxienses parecem que estão cegos e surdos, porque aqui vem acontecendo outras coisas mais estranhas contra autoridades, inclusive contra juízes, e eles nada abrem a boca, nada dizem. E desabafou: "Agora a pouco vocês ouviram o Mário Assunção falando em nome povo contra o cartorário do Cartório do 1º Ofício, um tabelião, que veio de São Luís e não passou em concurso, mas comanda um cartório de títulos, de protestos e, o que é melhor, de registro de imóveis, abocanhando de 400 a 500 mil reais por mês, metendo o ferro na população caxiense. Nós vereadores temos nossas divergências. Nós estamos num período eleitoral, todo mundo correndo atrás do voto. Mas, aqui, quando é a favor do povo, nós estamos juntos".
Ascom/CMC