quinta-feira, 26 de junho de 2014

Núcleo de Prevenção do Câncer de Pênis será instalado no MA  
O núcleo foi aprovado pelo Ministério da Saúde e deve ser instalado no Hospital Universitário 
Reprodução
Será instalado no Hospital Universitário Presidente Dutra, em São Luís, o Núcleo de Prevenção e Tratamento do Câncer de Pênis. O projeto, que foi idealizado por professores do departamento de Medicina da Universidade Federal do Maranhão, foi aprovado recentemente pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o urologista José Ribamar Calixto, membro do Grupo de Estudos de Câncer de Pênis (Gecap), o projeto consiste em consultas e atendimento à população que buscar o Hospital Universitário e o Hospital Aldenora Bello. Segundo o urologista, a ação também se estenderá a municípios do interior do Estado, onde agentes de saúde da família serão capacitados para encaminhar ao Núcleo qualquer caso em que haja suspeita de câncer.
Trata-se de um projeto de extensão e pesquisa, que, segundo José Ribamar Calixto, fará estudo genético de fragmentos retirados de tumores, além de exames para verificar alterações moleculares do tumor. Em entrevista à uma emissora de rádio, o urologista ressaltou que o câncer de pênis pode ser prevenido de uma forma muito simples, apenas fazendo a higiene correta da glande. “Quem tem a cabeça do pênis escondida com excesso de pele ou fimose tem grandes chances de desenvolver o câncer, porque não lava a glande”, complementa. Ele falou, ainda, sobre a importância do diagnóstico precoce para evitar a mutilação, destacando que, logo nos primeiros sintomas de uma lesão suspeita, o homem deve procurar um especialista.
O Maranhão é a unidade da federação com maior número de casos desse tipo de câncer. José Ribamar Calixto alerta que, apesar de a doença ser mais comum em homens com idade acima de 60 anos, o Estado já tem pacientes diagnosticados a partir dos 19 anos. Como meio de reverter esse quadro, o médico aponta para a necessidade de políticas públicas voltadas a saúde do homem. “A gente tem programa de saúde do Idoso, da Criança e do Adolescente, da Mulher... Mas para o homem, esse homem de 20 a 60 anos, ele não tem uma política de Estado definida para assistência fácil”, afirma