sábado, 28 de fevereiro de 2015

Para os usuários do Facebook, vestido da discórdia é branco e dourado 


A internet parou, e o culpado foi um vestido azul e preto. Ou branco e dourado? Desde a tarde desta quinta-feira, o mundo tenta descobrir qual a cor real de uma roupa capturada em fotografia pela cantora escocesa Caitlin McNeil. Em entrevista à BBC, ela confirmou que o vestido era azul, com detalhes em preto. Mesmo assim, há controvérsias. A equipe do Facebook realizou uma pesquisa com as milhões de publicações e comentários sobre o assunto nos EUA, e concluiu que, para 58% dos usuários o vestido é branco e dourado.

“Nós agregamos e tornamos anônimos publicações de pessoas nos EUA que na noite passada mencionaram ‘preto’ e ‘azul’, ou ‘branco’ e ‘dourado’, mas não os dois. Então, olhamos como a porcentagem de preto/azul mudava com diferentes atributos, usando regressão múltipla para filtrar as correlações e encontrar o verdadeiro efeito de cada diferença. As margens de erro são menores que 1%”, diz a equipe de pesquisas da rede social.
 
Além disso, os cientistas de dados olharam mais a fundo e perceberam que existe uma questão de gênero envolvida. Controlando outras variáveis, os homens foram 6% mais propensos a escolher o azul e preto. A idade também é um fator a se considerar. Usuários entre 13 e 17 anos foram 10% mais propensos a escolherem o azul e o preto quando comparados aos usuários com idade entre 55 e 64 anos.

Outra questão considerada pela equipe do Facebook foi o dispositivo usado. Pessoas que viam a imagem em dispositivos móveis tinham mais propensão a ver branco e dourado. Comparando com pessoas que postaram pelo computador, usuários de iPhone tinham 6% mais propensão a dizer que os vestido era branco e dourado, e, entre os usuários Android, o percentual foi de 7%.

“Esses números, que foram controlados dos outros fatores mencionados, podem estar relacionados não apenas ao dispositivo em questão, mas ao local em que as pessoas os usam. Presumivelmente, usuários móveis acessam o dispositivo em ambientes abertos”, explicam os cientistas.