sexta-feira, 22 de abril de 2016


Dilma durante discurso em sessão da ONU
Dilma durante discurso em sessão da ONU (Foto: Reprodução )

A presidente Dilma Rousseff discursou, agora há pouco, na sessão de abertura da cerimônia de assinatura do Acordo de Paris, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Dilma não utilizou a palavra "golpe", mas fez menção à crise política pela qual passa o Brasil atualmente. Ela afirmou que o país saberá impedir o retrocesso.
"Não posso terminar as palavras sem mencionar o grave problema que vive o brasil. É um grande país,com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e chegar a uma pujante democracia. Nosso povo é trabalhador e saberá impedir qualquer retrocesso", declarou a presidente. No fim, ela se disse "grata" aos líderes que expressaram solidariedade a ela.
O presidente da França, François Hollande, foi o primeiro chefe de Estado a discursar hoje (22) na sessão. Representantes de cerca de 160 países assinam o acordo de Paris, que objetiva combater os efeitos das mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A cerimônia de assinatura do documento, fechado em dezembro de 2015, depois de difíceis negociações entre 195 países e a União Europeia, ocorre na sede da ONU, no Dia Mundial da Terra.
Para entrar em vigor em 2020, o acordo, no entanto, só se concretizará quando for ratificado por 55 nações responsáveis por, pelo menos, 55% das emissões de gases de efeito de estufa.
Depois da adoção do texto em Paris, ainda é necessária a assinatura do acordo, até fim de abril de 2017, seguida da ratificação nacional, conforme as regras de cada país, podendo ser por meio de votação no parlamento ou de decreto-lei, por exemplo.
Vice - Esta foi a primeira viagem internacional de Dilma, deixando o vice Michel Temer (PMDB) na presidência, desde o início da crise política por conta do processo de impeachment. A presidente chegou a cancelar outras três viagens ao exterior , mas optou por ir à Nova York participar da assinatura do Acordo de Paris, onde foi recebida por manifestantes contrários e favoráveis ao seu governo.
Antes mesmo do evento, Temer e ministros do Supremo Tribunal Federal demonstraram preocupação com a possibilidade de Dilma abordar o impeachment e classificá-lo como "golpe". Políticos da oposição, como o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e os deputados federais José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Luiz Lauro Filho (PSB-SP), foram a Nova York para rebater o discurso.
Acordo - Representantes de cerca de 160 países assinam o acordo de Paris, que objetiva combater os efeitos das mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A cerimônia de assinatura do documento, fechado em dezembro de 2015, depois de difíceis negociações entre 195 países e a União Europeia, ocorre na sede da ONU, no Dia Mundial da Terra.
Para entrar em vigor em 2020, o acordo, no entanto, só se concretizará quando for ratificado por 55 nações responsáveis por, pelo menos, 55% das emissões de gases de efeito de estufa.
Depois da adoção do texto em Paris, ainda é necessária a assinatura do acordo, até fim de abril de 2017, seguida da ratificação nacional, conforme as regras de cada país, podendo ser por meio de votação no parlamento ou de decreto-lei, por exemplo.