quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Policia Federal deflagra operação em Bom Jardim; desvios podem chegar a R$ 15 milhões 


A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (20) a Operação Éden, na cidade de Bom Jardim.

Foram confirmadas as prisões preventivas de Antonio Cesarino, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Bom Jardim (STTR) e ex-secretário de agricultura do Município; e do ex-secretário de Assuntos Políticos, Beto Rocha, também ex-namorado da prefeita.

Na imagem acima, uma viatura da PF com agentes federais aparece na porta do sindicalista.

A prefeita Lidiane Leite (PP) também é alvo da ação. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido em sua residência em Bom Jardim.

Outros dois foram cumpridos contra outros alvos da operação. Ainda há diligências em andamento.

A prefeita está em São Luís. Ela é investigada desde o início do ano pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão (MP-MA), pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF) por suspeita de desvios de verbas da merenda escolar, da reforma de escolas, do Fundeb e do Pnae.

Em recente evento político na cidade, uma espécie de comício, a gestora chegou a comentar a apuração da polícia e dos promotores estaduais e federais.

“Eu não me importo. Quero que investigue sim, quero que se puna o responsável. Se houver, que eu não sei se há. Estou de cara limpa, aqui pra vocês, batalhando por uma melhoria nessa cidade, uma evolução maior para este povo”, acrescenta a gestora municipal.

No início da semana, reportagem do Bom Dia Brasil revelou que a Prefeitura pagou por reformas de escolas que nunca foram feitas. E apresentou fatura de suposta compra de produção agrícola local de trabalhadores que alegam nunca ter plantado nada para vender.

Segundo o MP, os desvios podem chegar à casa dos R$ 15 milhões.

“A princípio, a gente apurou que mais de R$ 15 milhões, no ano de 2014, foi aplicado em reforma de escola e em construção de escolas e, isso, aparentemente, andando por Bom Jardim, na zona rural isso não existiu. E a gente requisitou todos esses contratos, mas não encontrou”, diz a promotora de Justiça Karina Chaves.