domingo, 4 de fevereiro de 2018

A falta de Humberto Coutinho... 

Trio da Fundação Humberto Coutinho animava o carnaval caxiense na
Praça Gonçalves Dias  
por Francisco Sampaio 

Lembro-me que antigamente, num dia de domingo como hoje, acontecia a melhor prévia do carnaval caxiense, o carro de som de Dr Humberto se afixava na praça Gonçalves Dias, bem em frente ao antigo BEM (Banco do Estado do Maranhão) e ali por muitas horas entoava as marchas carnavalescas. A animação era total. Na locução o eloquente Bruno Cosmo anunciando a presença dos participantes e animando os foliões. No palanque do carro o folclórico Biri Biri...essa é a condição. Com um microfone na mão, dublando as marchinhas carnavalescas, a multidão frenética ia a loucura. No Bar do Excelsior Hotel, o garçom Potiinho, num corre-corre atendendo a todos os pedidos. Na calçada, em frente ao prédio onde funciona a Promotoria de Justiça, o líder popular Ferdinando Coutinho, sentado com seu litro de Whisky Old Parr em cima da mesa, e os amigos, sem discriminação, fortalecia a festa. Era um vai e vem constante de pessoas, contagiando a alegria da prévia momesca. Numa mesa e outra, passava o Zé Merda bibicando um copo de cerveja, deliciando um petisco dos pratos deliciosos do amigo Oliveira, esse administrando incansavelmente o pedaço. Até o Sampaio, Carlos Mauricio Queiroz, Jean, Valquíria Ferreira, Guilherme Queiroz, coronel Pimentel, Ironaldo Alencar, coronel Saldanha e tantos outros animados foliões, deleitavam-se num clima descontraído e animação do reinado de Momo. Hoje, resta-nos a lembrança do Orlando Gonçalves balançando a pança. O poeta Renato Meneses observando com Kátia o momento de descontração. Mais tarde chegava o deputado Humberto Coutinho com sua Cleide Coutinho, isso mesmo o Grandão irradiava em sua face uma satisfação em ver o povão se divertindo. Num aperto de mão de um, de outro, um abraço, Humberto bastante eufórico registrava sua presença. Até o Catulé, com um chapeuzinho caído sobre a testa, disfarçava, mas não escondia o contentamento de sua emoção registrando sua presença no espaço. Assim era nosso carnaval por muitos anos naquele pedaço e que certamente hoje é uma sublime recordação. Tempos bons que não voltam mais e me faz refletir a falta que Humberto Coutinho nos faz. É a vida.