segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

No Legislativo caxiense impera o clientelismo  



Apesar da falta de credibilidade que há anos recai sobre a imagem pública da Câmara de Caxias, o Legislativo Municipal continua no dia-a-dia a ser o palco do assédio de uma prática nada honrosa – o clientelismo. Uma leva de “eleitores-fregueses” se movimenta todos os dias no vaivém dos corredores da Casa. Em alguns gabinetes, a média diária chega a 20 solicitações, muitos até mesmo esdrúxulos. Ao lado de pedido de emprego, há relatos como o pedido do pagamento de talão de água ou luz. 

O dicionário define por clientelismo a “prática política de trocar favores pessoais por votos”. Do outro lado do balcão, vereadores rechaçam no discurso qualquer ‘concessão’ com o dinheiro público. Invariavelmente - e obviamente. Porém, todos admitem que a procura é intensa nos gabinetes instalados, Uma rápida passagem pelo pátio da Câmara confirma tal comportamento. Algumas pessoas dessa prática chegam a ser descritos pelos vereadores como “pedintes oficiais”.

De qualquer maneira, a trama de pedidos de favores pessoais visível na Câmara de Caxias não é um fenômeno exclusivo do Legislativo local, conforme destaca o cientista político João Edisom de Souza, mas sim algo arraigado na política brasileira e que possui tanto raízes históricas quanto matizes culturais e até mesmo psicológicas. A mistura disso tudo revela que oposto ao “eleitor-freguês”, do outro lado do balcão está, em muitos casos, um político que goza do poder, prestígio e da autopromoção que os pedidos de ajuda lhe conferem.

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Os vereadores novatos estão "p" da vida com o presidente da Casa, vereador Catulé, tudo por conta do dinheiro das assessorias, que os mesmos tem direto assim como os edis reeleitos, e não foi repassado  no dia 20 como era esperado. Um funcionário da Câmara relatou ao titular do Blog que pela 1ª vez isso ocorreu com os vereadores que estreiam no Legislativo municipal. Ainda de acordo com o funcionário, a turma dos novatos pretende se reunir com o presidente Catulé pra saber o verdadeiro motivo do não repasse do faz-me-rir. Já pelo lado dos edis reeleitos, teve um que confidenciou: "Irmão, nos tempos da Ana Lucia a gente era feliz e não sabia"!!, disse.