quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Para PT, desconstrução de Marina Silva ajudou a reverter tendência

Houve uma discreta comemoração agora à noite entre integrantes da campanha de Dilma Rousseff em razão do resultado da pesquisa Datafolha. Apesar da pequena oscilação, em que Dilma variou um ponto, de 35% para 36%, e Marina Silva, do PSB, passou de 34% para 33%, petistas ficaram aliviados com os números.

Inicialmente, havia o temor de que o noticiário sobre a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa pudesse impactar imediatamente a campanha de Dilma. Pelo menos por enquanto, observou um coordenador da campanha, esse assunto não contaminou Dilma. Ainda há preocupação com o efeito das denúncias de Costa, quando for divulgado o conteúdo da delação.

Para petistas, o que funcionou nos últimos dias foi a campanha de desconstrução de Marina Silva. O partido avalia que deram resultados a comparação da candidata do PSB ao ex-presidente Fernando Collor; os ataques à proposta de autonomia do Banco Central; e a propaganda de que Marina seria contra o pré-sal.

“Foi essa artilharia que reverteu a tendência de crescimento de Marina”, reconheceu um petista com assento na campanha de Dilma.

Por isso, a ordem é intensificar nas próximas semanas a estratégia para desqualificar a candidatura de Marina e o seu discurso. Para o PT, é importante aproveitar esse primeiro turno, em que Dilma tem mais de 11 minutos de propaganda na televisão, contra apenas 2 minutos de Marina.

“Este é o momento para tentar conseguir abrir uma vantagem de 10 pontos em relação a Marina. Essa margem dará conforto para enfrentar num segundo turno, onde a situação será igual e as duas terão exatos 10 minutos no tempo de televisão”, observou esse petista.

Para coordenadores da campanha de Marina, o tempo de televisão de Dilma neutraliza qualquer chance de reação neste momento aos ataques do PT.

“Marina ter conseguido manter um empate com Dilma já foi uma vitória. O PT não tem vergonha de manipular informações nos comerciais de televisão. E não temos como rebater”, observou um interlocutor da ex-senadora.

fonte Gerson Camarotti